
Elaine Martins
CRP 84816

A psicanálise é a prática clínica e teórica inventada por Sigmund Freud, médico neurologista vienense. Suas pesquisas começaram no final do século XIX, mas tem como marco fundador o ano de 1900 com a publicação de sua mais célebre obra: A interpretação dos sonhos.
Mais que uma teoria ou uma dada perspectiva sobre o conjunto das relações entre os seres humanos, a psicanálise é uma técnica de tratamento do sofrimento psíquico, também conhecido como patologias mentais. Técnica que Freud desenvolveu a partir de sua experiência empírica (clínica) com pacientes diagnosticados como histeria. Desde o final do séulo XIX com Freud até os dias atuais, o sofrimento para a psicanálise não tem como causalidade o corpo biológico/neurológico.
Os sintomas são expressões de conflitos psíquicos recalcados.
Durante toda a trajetória clínica e teórica de Freud os conceitos foram criados, remanejadas, excluídos, incluídos: um verdadeiro esforço para que a teoria correspondesse aos desafios que a prática clínica impunha.
Conceito como libido, inconsciente, pulsão, recalque, complexo de Édipo, complexo de castração permanecem atuais no trabalho de condução de um tratamento e, muitos deles foram incorporados no linguajar cotidiano.
O próprio conceito “sexualidade” serviu a muito mal-entendidos e controversas ao longo do século XX. Muitos ignoram que a sexualidade em Freud não se refere ao funcionamento do aparelho genital.
Sexualidade diz respeito a Eros, o deus do amor. É neste mito que o sexual em Freud diz respeito ao erótico. Jacques Lacan, psicanalista francês, soube capturar este aspecto com precisão: o desejo de todo animal falante é ser amado.
É nesta perspectiva que a psicanálise propõem tratar as pessoas que desejam re-significar sua história, re-inscrever seus dramas e conseguir bem-dizer o mal-dito do sintomas: sejam eles nomeados pelo discurso psicopatológico hegemônico na atualidade como: depressão, síndrome do pânico, transtorno bipolar, etc, e que através da re-significação pela fala possibilita ao sujeito dar um outro sentido para seu “sofrer”.